25 junho, 2007

Corrina, Corrina

Na última quinta-feira aproveitamos um dia em que saí mais cedo do trabalho para jantar num lugarzinho perto de casa. A escolha foi o Doce Delícia da Dias Ferreira, que traz em seu cardápio a opção de couvert. O lugar é bonitinho, mas ordinário. Me deu a impressão dum Bibi Sucos afrescalhado.

Pra começar a mesa é pequena e muito atravancada de coisa. Apesar deles terem uma inciativa simpática para as mulheres: um bolsa-pendurator Tabajara. Mesmo assim entre pratos, talheres, porta-talheres, guardanapo, copos e a vela de enfeite o espaço fica exíguo.

O couvert em si - um pão preto acompanhado de manteiga com ervas e patê de presunto - é bem gostoso, mas não vale o preço: R$ 9,50. O pão é gostoso, com consistência próxima a de uma torrada. A manteiga é bastante saborosa, pedimos até refil, e o patê não compromete, eu que não sou fã de patê. Agora, não tem como lembrar que no Outback, por exemplo, você ganha um pão daquele mesmo tamanho, com um molho bem melhor, de graça no pedido de alguns pratos. Falta um 'algo mais' no couvert do Doce Delícia. Assim como falta no lugar em geral, eu achei.

E ninguém venha me acusar de só gostar de pé-sujo já que eu A-DO-REI o Bazzar.

21 junho, 2007

Mercado das delícias

Nada como voltar em grande estilo. Depois de hibernar por alguns meses, um pouco por atarefamento, muito por falta de grana e preguiça, retomo os escritos no blog por uma ótima causa: os irresistíveis pães e azeites aromáticos servidos como couvert no Bazzar.

O momento - um jantar romântico de dia dos namorados, comemorado na véspera por conta da folga do marido e companheiro de blog - não poderia ser mais apropriado. O restaurante é super aconchegante, naquele climazinho romântico que a efeméride pede. Carta de vinhos na mão, escolhemos um Alto Las Hormigas Malbec, creio que 2003, boa pedida. E de pronto aceitamos, claro, a sugestão do garçom de trazer os pães do couvert.

É uma verdadeira tentação. O garçom vem com uma cesta recheada de ciabattas, focaccias (normal ou de limão) e torradas com alecrim, todos deliciosos. E você que escolha quais e quantos quer pegar. Depois, o toque de mestre: os azeites aromáticos, que ele mistura na hora, formando no prato uma pintura de duas cores. O sabor, então, torna a coisa mais bela ainda. Vinha ainda uma manteiguinha temperada pra lá de boa (apesar do companheiro não ter gostado).

Para nosso deleite, os garçons não podem ver o prato vazio, e lá vêm eles nos oferecer mais uns daqueles irresistíveis pãezinhos. É quando você se dá conta de que ainda há o jantar (no meu caso, um namorado divino, maravilhoso, diga-se de passagem). E aí tem que ser forte para recusar a oferta, para não sair rolando do lugar, como foi o nosso caso.

Saldo da noite: R$ 8,50 pelo couvert, mais outros tantos pelo jantar completo, muita conversa, risos, paparicos, uma véspera de dia dos namorados impecável. E uma volta triunfal ao blog deixado de lado.

Onde: Bazzar - Rua Barão da Torre, 538, Ipanema

04 junho, 2007

Para Estela Canto

Em abril último meu 'camarada da Ilha', o Wagner, mui gentilmente nos hospedou e levou por um rápido tour pela cidade de São Paulo. Primeiro bebemos umas - duas - Serra Malte num barzinho simpático da Rua Augusta, enquanto esperávamos namorada do Wágner terminar um trabalho. Meu Deus, como paulista trabalha.

Depois fomos para o Mercado São Pedro, num canto escondido da tal Vila Madalena. Ô lugarzinho legal. Parece, e é, uma mercearia que de noite espalha umas mesas e vira bar. O cara vende de um tudo, com especial atenção aos livros.

Entre algumas cervejas e idas ao banheiro deu tempo de passear pelo lugar e ver uns livros. Comprei uma edição do Aleph com capinha amarela que eu sempre quis. E comprei também, finalmente, o "Encontro Marcado". Livrão, daqueles que todo mundo tem que ler. Como escreve bem esse rapaz, Fernando Sabino. Comprei a 80ª edição. É muita edição.

Recomendei pro Renato, meu amigo mais feio, e ele comprou o "Como o futebol explica o mundo", tremendo estudo sociológico sobre como o futebol se insere na cultura de vários países.

O couvert do lugar também não decepciona. Gostoso e bem apresentado, traz rosbife, tomate seco, mussarela de búfala, azeitona, pão e pepino em conserva. Lugar bastante simpático, cujo único pecado foi fechar cedo demais.