20 setembro, 2006

Foi ao ar, perdeu o lugar

"vo nem vai me reconhecer
quando eu passar por você
de cara alegre e cruel
feliz e mau como um pau duro"

Nesta sexta não tem couvert. Ué, como assim, a coluna não é sobre couverts? É, mas essa semana eu fui no Informal, e lá não tem couvert. O que mais se aproxima são os acepipes, mas o negócio custa muito mais do que seria razoável para uma entrada, então não conta. Diante disso, contarei como foi minha noite de terça-feira no Informal de Ipanema, que funciona em horário de matinê.

Fomos para lá encontrar nossos queridos amigos Carlas e Bernardo. Carla passou prum curso aí do British Council e os dois tão se mandando esse mês pra Londres. A noite foi uma desgraça, tirando a agradável companhia dos amigos e a interessante conversa que tive com minha senhora sobre a foda da Cicarelli na era da reprodutibilidade técnica.

Pra começar, o lugar estava congelando. Já chovia, fazia um friozin lá fora, não se sabe pra quê um ar ligado tão forte lá dentro. E o que pode piorar ar condicionado? Isso mesmo, cigarro. Aparentemente o lugar não tem espaço para não-fumantes. Só se fosse do lado de fora, porque se era dentro não fazia diferença.

Pouco antes dos nosso amigos chegarem o garçon apareceu com a conta. Ué, mas a gente não tinha pedido! O sujeito se desculpou, de formar simpática, e levou de volta. Quando Bernardo e Carla chegaram, antes das 2h, a gerente não queria deixar eles entrarem, pois o bar já estaria fechado. Eles explicaram que estávamos lá dentro esperando e entraram. Pedimos uma rodada de chopes e antes que acabássemos o garçon voltou com a conta. Dessa vez sem dissimulações, a casa estava fechando mesmo. Ainda tentamos pedir mais uma rodada, o bar ainda estava cheio, com umas seis mesas ocupadas, mas não tinha jogo.

A cereja do bolo veio no fim da noite. Bernardo foi ao banheiro e, ao voltar, sua cadeira havia sido retirada. O rapaz, levemente alterado, deu um ataque de pelancas contra a falta de civilidade de se levar a cadeira de alguém que foi ao banheiro. Durante a discussão quem estava no mictório era eu, rindo sozinho da confusão. A gerente, que aparentemente tinha se dado bem naquela noite e queria fechar a casa cedo pra pagar um spring love nem se deu ao trabalho de ser simpática, bateu boca com o bêbado e perdeu cinco clientes.

Bernardo e Carla juram que não voltam lá por pelo menos um ano. Eu, pra ir em matinê, prefiro o Bar Brasil.

Obs.: Os nomes dos personagens foram trocados para preservar as famílias.

PS.: Só pra avisar que esse blog irá participar.

3 comentários:

Fonseca disse...

Ou atualiza o blog ou coloca um acento agudo naquele primeiro "o" do "'Apoio' (sic) a Daniela"!

Bernardo Esteves disse...

Começou: http://arainhaquesecuide.blogspot.com/

Parabéns pelo contrato assinado hoje! Beberemos à felicidade de vocês logo mais.

Anônimo disse...

Seria bom atualizar mesmo...