29 novembro, 2006

Ai, que preguiça

Quando criança eu tinha um livro com uns contos muito bacanas. Um deles falava sobre uma rapariga (o livro era de Portugal) muito, mas muito preguiçosa. Um mancebo (da terrinha) resolveu casar com ela, e meses depois eles receberam a visita do pai da moça, que se espantou com a disposição da filha. Ela cozinhou, lavou a louça, limpou a casa, lavou e passou toda a roupa (ai, ai). A moral da história se resumia com a frase da moçoila: “Ô meu pai, levante da cadeira e venha trabalhar/ Que na casa do meu ‘home’ (sic), quem não trabalha não come.”

Pois bem. Ao ler o texto da semana que passou, publicado pelo companheiro de blog e agora marido, lembrei imediatamente da história e me senti a própria rapariga (de Portugal, não esqueçam). Na casa do meu homem, quem não trabalha não come. Assim, diante do ultimato, não bastassem os afazeres domésticos que agora fazem parte da minha vida, tive que voltar a circular por aí, a procura de algo para abastecer o blog.

Fiz isso -- com Eduardo e um casal de amigos-afilhados -- no sábado, aproveitando a fome de couvert com a vontade de beber um chopp. Estivemos no Barril 1800, quase no Arpoador, onde eu não pisava há anos. Lugar agradável, beira da praia, mesas de sobra, vagas idem, chopp gelado, nada mal.

Já o couvert não compensa. Cesta com duas (míseras) pizzas brancas, algumas baguetes e pão francês cortados como torradas. Uma manteiguinha em temperatura ambiente (uns 35 graus) e pasta de gorgonzola, bem enjoada. Salvaram-se as lingüiças daquelas fininhas e as azeitonas condimentadas, mas que não chegaram a compensar o preço salgado do conjunto: R$ 10.

Fora isso, o Barril 1800 é pra quem tem sono. Pleno sábado, um calor de estio e antes das 2h os garçons já dobravam as toalhas e viravam as cadeiras. Decerto foram muito mais gentis que o pessoal do Informal do mesmo bairro, como já contamos por aqui, e esperaram pacientemente que terminássemos o papo e as saideiras. Mesmo assim, ficaram a nos dever uma horinha.

Onde:
Av. Vieira Souto, 110, Ipanema.
Por Daniela Oliveira

2 comentários:

Eduardo Rodrigues disse...

Pois é... uma porcariazinha o couvert do Barril. A manteiga vir mole é um descaso inexplicável.

Uma pena, pq o lugar realmente é ótimo. Ficar naquela varanda de frente pra praia é excelente programa. Até pq o chope deles é bastante razoável.

Anônimo disse...

Engraçado. Eu acho que o Barril tinha tudo para ser um lugar excelente. Mas alguma coisa ali não me agrada.

Não é o atendimento, nem nada específico. É alguma coisa... etérea, abstrata. Acho que tem um clima meio diferente no lugar.

É, eu não nasci pra ser crítico de bar.